sábado, 23 de janeiro de 2010

Paus-de-chuva

Os paus-de-chuva não funcionaram todos, mas a ideia foi confirmada com os que funcionaram.

Usamos como material base rolos de papel higiênico (o de papelão, que fica dentro) ou rolos de papéis usados na cozinha (papel-alumínio, filme plástico, papel-toalha, papel-manteiga, etc, etc...).

Os alunos furaram esses rolos em sala com seus lápis porque as tesouras sem ponta não furavam. Os rolos de filme-plástico são os melhores, porque são mais firmes, mas são mais difíceis de furar, então eu os trouxe para casa para furar com estilete.

Dentro foram usados canudinhos, presos com cola e fita adesiva. A Estela me deu uma ideia muito boa, que dá muito mais resultado: furar o rolo dos dois lados e passar o canudo de um lado a outro. Depois cola-se o canudo com fita larga. Assim ele fica bem preso e mantém sua função de "segurar" alguns grãos, função que ele perde se cair, como aconteceu do jeito que eu fiz os primeiros...

Depois tem que forrar um dos lados com um papel de presente ou jornal, para os grãos não caírem. Feito isso, é como todos os outros: enche de grãos, sementes ou pequenas pedras, fecha o outro lado e está feito.

Uma outra dificuldade, com relação aos rolos de papel higiênico: como o material é trazido por todos os alunos, nem sempre estes rolos têm o mesmo tamanho. Daí fica meio difícil de juntá-los com a fita larga. É preciso meio que fazer uma medida. Por isso, também, é uma atividade boa pra ser feita no primeiro trimestre, pois aí dá tempo de reunir o material, fazer a triagem, planejar os instrumentos a serem construídos a partir do material reunido, etc, etc, etc, com tempo de usá-los ainda na semana do meio-ambiente, como exemplo de reaproveitamento de materiais.
Por hora que eu lembre é isso...qualquer coisa, posto o comentário depois!

Construção de instrumentos com materiais alternativos

Embora eu ache que esse tipo de atividade corra o risco de acompanhar a construção de paisagens sonoras no ranking de atividades necessárias e interessantes que por serem demasiadamente usadas se tornem clichês em educação musical (tenha-se claro que acho o trabalho de paisagens sonoras algo muito importante, mas que muitas vezes é usado para "tapar buraco" ou "encher linguiça").

Confesso que, a despeito dos recorrentes pedidos dos alunos com relação a essa atividade, me surpreendi com o resultado. E tive que repensar algumas coisas, obviamente, em razão de estar trabalhando com crianças, do cuidado necessário com materiais cortantes e perfurantes e do meu temor exagerado com relação a essas questões.

Vou começar a postar os instrumentos feitos e as ideias que tivemos ao longo do trabalho e quem quiser (em outros posts pra ficar mais fácil de achar as informações), deixe seu comentário para que possamos ter novas e novas e novas ideias e assim irmos nos ajudando nas nossas práticas.

Abraços e boas férias!!!